50 Dicas para
Administração do
Déficit de
Atenção em Sala de Aula
Veja algumas dicas para o trato de crianças com DA na escola. As sugestões a seguir visam o professor na sala de aula para crianças de qualquer idade. Algumas sugestões vão ser evidentemente mais adequadas às crianças menores, outras às mais velhas mas, em termos de estrutura, educação e encorajamento, são pertinentes a qualquer um.
Veja algumas dicas para o trato de crianças com DA na escola. As sugestões a seguir visam o professor na sala de aula para crianças de qualquer idade. Algumas sugestões vão ser evidentemente mais adequadas às crianças menores, outras às mais velhas mas, em termos de estrutura, educação e encorajamento, são pertinentes a qualquer um.
1. Antes de tudo, tenha certeza de que o que você está lidando é DA. Definitivamente não é tarefa dos professores diagnosticar a DA, mas você pode e deve questionar. Especificamente tenha certeza de alguém tenha testado a audição e a visão da criança recentemente e tenha certeza também de que outros problemas médicos tenham sido resolvidos. Tenha certeza de que uma avaliação adequada foi feita. Continue questionando até que se sinta convencido. A responsabilidade disso tudo é dos pais e não dos professores, mas o professor pode contribuir para o processo.
2. Segundo, prepare-se para suportar. Ser uma professora na sala de aula onde há duas ou três crianças com DA pode ser extremamente cansativo. Tenha certeza de que você pode tem o apoio da escola e dos pais. Tenha certeza de que há uma pessoa com conhecimento á qual você possa consultar quando tiver um problema (pedagogo, psicólogo infantil, assistente social, psicólogo da escola ou pediatra) mas a formação da pessoa não é realmente importante. O que importa é que ele ou ela conheça muito sobre DA, conheça os recursos de uma sala de aula e possa falar com clareza. Tenha certeza de que os pais estão trabalhando com você. Tenha certeza de que os colegas podem ajudar você.
3. Conheça seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Você, como professor, não pode querer ser uma especialista em DA. Você deve sentir-se confortável em pedir ajuda quando achar necessário.
4. PERGUNTE À CRIANÇA O QUE PODE AJUDAR
Estas crianças são sempre muito intuitivas. elas sabem dizer a forma mais fácil de aprender, se você perguntar. Elas ficam normalmente temerosas em oferecer informação voluntariamente porque isto pode ser algo muito ousado ou extravagante. Mas tente o sentar sozinho com a criança e perguntar a ela como ela pode aprender melhor. O melhor especialista para dizer como a criança aprende é a própria criança. É assustadora a frequência com que suas opiniões são ignoradas ou não são solicitadas. Além do mais, especialmente com crianças mais velhas, tenha certeza de que ela entende o que é DA. Isto vai ajudar muito a vocês dois.
5. Lembre-se de que
as crianças com DA necessitam de estruturação. Elas precisam estruturar o
ambiente externo, já que não podem se estruturar internamente por isso mesmos.
Faça listas. Crianças com DA se beneficiam enormemente quando têm uma tabela ou
lista para consultar quando se perdem no que estão fazendo. Elas necessitam de
algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de previsões. Eles
necessitam de repetições. Elas necessitam de diretrizes. Elas precisam de
limites. Elas precisam de organização.
6. LEMBRE-SE DA
PARTE EMOCIONAL DO APRENDIZADO
Estas crianças necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio ao invés de falhas e frustrações. Excitação ao invés de tédio e medo. É essencial prestar atenção ás emoções envolvidas no processo de aprendizagem.
Estas crianças necessitam de um apoio especial para encontrar prazer na sala de aula. Domínio ao invés de falhas e frustrações. Excitação ao invés de tédio e medo. É essencial prestar atenção ás emoções envolvidas no processo de aprendizagem.
7. Estabeleça
regras. Tenha-as por escrito e fáceis de serem lidas. As crianças se sentirão
seguras sabendo o que é esperado delas.
8. Repita as
diretrizes. Escreva as diretrizes. Fale das diretrizes. Repita as diretrizes.
Pessoas com DA necessitam ouvir as coisas mais de uma vez.
9. Olhe sempre nos
olhos. Você pode “trazer de volta” uma criança DA através dos olhos nos olhos.
Faça isto sempre. Um olhar pode tirar uma criança do seu devaneio ou dar-lhe
liberdade para fazer uma pergunta ou apenas dar-lhe segurança silenciosamente.
10. Na sala de aula
coloque a criança sentada próxima à sua mesa ou próxima de onde você fica a
maior parte do tempo. Isto ajuda a evitar a distração que prejudica tanto estas
crianças.
11. Estabeleça
limites, fronteiras. Isto deve ser devagar e com calma, não de modo punitivo.
Faça isto consistentemente, previamente, imediatamente e honestamente. Não seja
complicado, falando sem parar. Estas discussões longas são apenas diversão.
Seja firme.
12. Preveja o máximo
que puder. Coloque o plano no quadro ou na mesa da criança. Fale dele
frequentemente. Se você for alterá-lo, como fazem os melhores professores, faça
muitos avisos e prepare a criança. Alterações e mudanças sem aviso prévio são
muito difíceis para estas crianças. Elas perdem a noção das coisas. Tenha um
cuidado especial e prepare as mudanças com a maior antecedência possível. Avise
o que vai acontecer e repita os avisos à medida em que a hora for se
aproximando.
13. Tente ajudar às
crianças a fazerem a própria programação para depois da aula, esforçando-se
para evitar um dos maiores problemas do DA: a procrastinação.
14. Elimine ou reduza
a frequência dos testes de tempo. Não há grande valor educacional nos testes de
tempo e eles definitivamente não possibilitam às crianças DA mostrarem o que
sabem.
15. Propicie uma
espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns
instantes. Se isto puder ser feito dentro das regras da escola, poderá permitir
à criança deixar a sala de aula ao invés de se desligar dela e, fazendo isto,
começa a aprender importantes meio de auto-observação e auto-monitoramento.
16. Procure a
qualidade ao invés de quantidade dos deveres de casa. Crianças DA
frequentemente necessitam de uma carga reduzida. Enquanto estão aprendendo os
conceitos, elas dever ser livres. Elas vão utilizar o mesmo tempo de estudo e
não vão produzir nem mais nem menos do que elas podem.
17. Monitore o
progresso frequentemente. Crianças DA se beneficiam enormemente com o frequente
retorno do seu resultado. Isto ajuda a mantê-los na linha, possibilita a eles
saber o que é esperado e se eles estão atingindo as suas metas, e pode ser
muito encorajador.
18. Divida as grandes
tarefas em tarefas menores. Esta é uma das mais importantes técnicas de ensino
das crianças DA. Grandes tarefas abafam rapidamente as crianças e elas recuam a
uma resposta emocional do tipo eu nunca vou ser capaz de fazer isto.Através da
divisão de tarefas em tarefas mais simples, cada parte pequena o suficiente para
ser facilmente trabalhada, a criança foge da sensação de abafado. Em geral
estas crianças podem fazer muito mais do que elas pensam. Pela divisão de
tarefas o professor pode permitir à criança que demonstre a si mesma a sua
capacidade. Com as crianças menores isto pode ajudar muito a evitar acessos de
fúria pela frustração antecipada. E com os mais velhos, pode ajudar as atitudes
provocadoras que elas têm frequentemente. E isto vai ajudar de muitas outras
maneiras também. Você deve fazer isto durante todo o tempo.
19. Permita-se
brincar, divertir. Seja extravagante, não seja normal. Faça do seu dia uma
novidade. Crianças DA adoram novidades. Elas respondem às novidades com
entusiasmo. Isto ajuda a manter a atenção – tanto a delas quanto a sua. Estas
crianças são cheias de vida, elas adoram brincar. E acima de tudo, elas
detestam ser molestadas. Muitos dostratamentos para elas envolvem coisas chatas
como estruturas, programas, listas e regras. Você deve mostrar a elas que estas
coisas não estão necessariamente ligadas às pessoas, professores ou aulas
chatas. Se você, às vezes, se fizer de bobo poderá ajudar muito.
20. Novamente,
cuidado com a superestimulação. Como um barro de vaso no forno, a criança pode
ser queimada. Você tem que estar preparado para reduzir o calor. A melhor
maneira de lidar com os caos na sala de aula é, em primeiro lugar, a prevenção.
21. Esforce-se e não
se dê satisfeito, tanto quanto puder. Estas crianças convivem com o fracasso, e
precisam de tudo de positivo que você puder oferecer. O fracasso não pode ser
super – enfatizado: estas crianças precisam e se beneficiam com os elogios.
Elas adoram o encorajamento. Elas absorvem e crescem com isto. E sem isto elas
retrocedem e murcham. Frequentemente o mais devastador aspecto da DA não é DA
propriamente dita e sim o prejuízo à auto-estima. Então, alimente estas
crianças com encorajamento e elogios.
22. A memória é
frequentemente um problema para eles. Ensine a eles pequenas coisas como
neumônicos, cartão de lembretes, etc. Eles normalmente têm problemas com o que
Mel Levine chama de Memória do Trabalho Ativa, o espaço disponível no quadro da
sua mente, por assim dizer. Qualquer coisa que você inventar – rimas, códigos,
dicas – pode ajudar muito a aumentar a memória.
23. Use resumos.
Ensine resumido. Ensine sem profundidade. Estas técnicas não são fáceis para
crianças DA, mas, uma vez aprendidas, podem ajudar muito as crianças a
estruturar e moldar o que está sendo ensinado, do jeito que é ensinado. Isto
vai ajudar a dar à criança o sentimento de domínio durante o processo de
aprendizagem, que é o que elas precisam, e não a pobre sensação de futilidade
que muitas vezes definem a emoção do processo de aprendizagem destas crianças.
24. Avise sobre o que
vai falar antes de falar. Fale. Então fale sobre o que já falou. Já que muitas
crianças com DA aprendem melhor visualmente do que pela voz, se você puder
escrever o que será falado e como será falado, isto poderá ser de muita ajuda.
Este tipo de estruturação põe as ideias no lugar.
25. Simplifique as
instruções. Simplifique as opções. Simplifique a programação. O palavreado mais
simples será mais facilmente compreendido. E use uma linguagem colorida. Assim
como as cores, a linguagem colorida prende atenção.
26. Acostume-se a dar
retorno, o que vai ajudar a criança a se tornar-se auto-observadora. Crianças
com DA tendem a não ser auto-observadora. Elas normalmente não têm ideia de
como vão ou como têm se comportado. Tente informá-las de modo construtivo. Faça
perguntas como: Você sabe o que fez? ou Como você acha que poderia ter dito
isto de maneira diferente? ou Você acha que aquela menina ficou triste quando
você disse o que disse?. Faça perguntas que promovam a auto-observação.
27. Mostre as
expectativas explicitamente.
28. Um sistema de
pontos é uma possibilidade de mudar parte do comportamento (sistema de
recompensa para as crianças menores). Crianças com DA respondem muito bem às
recompensas e incentivos. Muitas delas são pequenos empreendedores.
29. Se a crianças
parece ter problemas com as dicas sociais – linguagem do corpo, tom de voz, etc
– tente discretamente oferecer sinais específicos e explícitos, como uma
espécie de treinamento social. Por exemplo, diga antes de contar a sua
história, procure ouvir primeiro a de outros ou olhe para a pessoa enquanto ela
está falando. Muitas crianças com DA são vistas como indiferentes ou
egocêntricas, quando de fato elas apenas não aprenderam a interagir. Esta
habilidade não vem naturalmente em todas as crianças, mas pode ser ensinada ou
treinada.
30. Aplique testes de
habilidades.
31. Faça a criança se
sentir envolvida nas coisas. Isto vai motivá-la e a motivação ajuda o DA.
32. Separe pares ou
trios ou até mesmo grupos inteiros de crianças que não se dão bem juntas. Você
deverá fazer muitos arranjos.
33. Fique atento à
integração. Estas crianças precisam se sentir enturmadas, integradas. Tão logo
se sintam enturmadas, se sentirão motivadas e ficarão mais sintonizadas.
34. Sempre que
possível, devolva as responsabilidades à criança.
35. Experimente um
caderno escola – casa – escola. Isto pode contribuir realmente para a
comunicação pais – professores e evitar reuniões de crises. Isto ajuda ainda o
frequente retorno de informação que a criança precisa.
36. Tente utilizar relatórios
diários de avaliação.
37. Incentive uma
estrutura do tipo auto avaliação. Troca de ideias depois da aula pode ajudar.
Utilize também os intervalos de aula.
38. Prepare-se para
imprevistos. Estas crianças necessitam saber com antecedência o que vai
acontecer, de modo que elas possam se preparar. Se elas, de repente, se
encontram num imprevisto, isto pode evitar excitação e inquietos.
39. Elogios, firmeza,
aprovação, encorajamento e suprimento de sentimentos positivos.
40. Com as crianças
mais velhas, faça com que escrevam pequenas notas para eles mesmos, para
lembrá-los das coisas. Essencialmente, eles anotam não apenas o que é dito a
eles mais também o que eles pensam. Isto pode ajudá-los a ouvir melhor.
41. Escrever à mão às
vezes é muito difícil paras estas crianças. Desenvolva
alternativas.
Ensine como utilizar teclados. faça ditados. Aplique testes orais.
42. Seja como um
maestro: tenha a atenção da orquestra antes de começar. Você pode utilizar do
silêncio ou bater o seu giz ou régua para fazer isto. Mantenha a turma atenta,
apontando diferentes partes da sala como se precisasse da ajuda deles.
43. Sempre que
possível, prepare para que cada aluno tenha um companheiro de estudo para cada
tema, se possível com o número do telefone (adaptado de Gary Smith).
44. Explique e dê o
tratamento normal a fim de evitar um estigma.
45. Reuna com os pais
frequentemente. Evite o velho sistema de se reunir apenas para resolver crises
ou problemas.
46. Incentive a
leitura em voz alta em casa. Ler em voz alta na sala de aula tanto quanto for
possível. Faça a criança recontar estórias. Ajude a criança a falar por
tópicos.
47. Repetir, repetir,
repetir.
48. Exercícios
físicos. Um dos melhores tratamentos para DA, adultos ou crianças, é o
exercício físico. Exercícios pesados, de preferência. Ginastica ajuda a liberar
o excesso de energia, ajuda a concentrar a atenção, estimula certos hormônios e
neurônios que são benéficos. E ainda é divertido. Assegure-se de que o
exercício seja realmente divertido, porque deste modo a criança continuará
fazendo para o resto da vida.
49. Com os mais
velhos a preparação para a aula deve ser feita antes de entrar na sala. A
melhor ideia é que a criança já saiba o que vai ser discutido em um certo dia e
o material que provavelmente será utilizado.
50. Esteja sempre
atento às dicas do momento. Estas crianças são muitos mais talentosas e
artísticas do que parecem. Elas são cheias de criatividade, alegria,
espontaneidade e bom humor. Elas tendem a ser resistentes, sempre agarradas ao
passado. Elas tendem a ser generosas de espírito, felizes de poder ajudar
alguém. Elas normalmente têm algo especial que engrandece qualquer coisa em que
estão envolvidas.
Publicado em Artigo,
Educação Especial por Pedagogia ao Pé da Letra
no dia 22 de agosto de 2013
Obrigada,
31 de Março de 2014
Andréa Spina Borlenghi
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